Casar.com

Casamento de Aline e Gabriel

Quando vi as fotos do casamento da Aline e do Gabriel fiquei pensando num monte de coisas para escrever aqui. Mas, sério, depois de ler o relato dela não me sobrou nada, não vou gastar nenhum linha mais aqui, porque vocês tem que ler o que ela escreveu. Os preparativos do casamento dela foram… de se emocionar.

——-

“Minha história com o Gabriel começou há muitos anos atrás, quando nem ao menos nos conhecíamos…rs… Deus já tinha voltado os olhos Dele para nós sem que pudéssemos imaginar a existência um do outro.

Estranho né, pois bem, eu explico:

Nascemos e fomos criados na mesma cidade, Valinhos, cidade do interior de São Paulo, pequena e com característica do “todo mundo conhece todo mundo”. Durante anos frequentamos os mesmos lugares, com amigos em comum e eu ainda era cliente assídua de um barzinho que foi da família do Gá e fazia parte do mesmo grupo de amigos do irmão dele. E apesar de tudo isso, nós nunca havíamos nos falado, nos encontrado e nos conhecido.

Passaram-se aproximadamente sete anos quando ele viu uma foto minha no Orkut de uma amiga em comum e perguntou quem era a garota de pink, já que essa era a cor do meu vestido em um casamento, mas ali também não era o momento de começar a nossa história e eu continuei sem saber que ele existia (nossa amiga em comum só me contou sobre o interesse dele nessa época muito tempo depois…rs).

Até que, finalmente, Ele decidiu que era nosso momento, mas do jeito Dele…rs

Morar na mesma cidade e indiretamente estar no caminho do outro não bastou, fomos nos conhecer a 400km de Valinhos, na praia, em Ubatuba, no instante em que ele chegava a uma balada na qual eu já estava pagando a conta para ir embora. Foi ali, na porta de saída, nos últimos instantes que nos cruzamos e a mesma amiga em comum (a da foto do Orkut) o reconheceu, comentou sobre a coincidência do encontro tão longe de casa e nos apresentou.

Devidamente apresentados, fomos embora e eu jamais imaginei encontrá-lo novamente. Mas Deus não desistiu de nós…rs… e fez com que nos reencontrássemos no dia seguinte, em uma praia mais longe ainda, Trindade-RJ, em meio a uma multidão. Ali eu pensei: meu Deus, seria mais fácil eu ganhar na Mega Sena do que isso acontecer.

Sem mais coincidências, combinamos de nos encontrarmos no próximo dia, jantamos todos juntos e descobrimos ali o quanto éramos parecidos e na infinidade de vezes, há anos, que poderíamos ter nos encontrado.

Com a missão Dele quase cumprida, alguns meses depois nos reencontramos (propositalmente, claro) e nunca mais deixamos de fazer parte da vida do outro. Descobrimos juntos o que realmente era amor.

Namoramos durante 3 anos até que ele me pediu em casamento (enfim!rs). Pedido feito, eu ainda mais apaixonada, começavam então os preparativos. Começava o tempo mais feliz da minha vida.

Nosso casamento começou no exato momento em que marcamos a data e percebemos que as pessoas mais queridas do mundo estavam ao nosso lado.

Eu não trocaria por nada, por nenhuma grande empresa de eventos ou afins, a minha família e meus amigos que literalmente colocaram a mão na massa e dividiram conosco todos os preparativos.

Desde o início nós já sabíamos o que não queríamos: um casamento clássico e formal. Queríamos uma cerimônia simples, em todos os aspectos, onde prevalecesse o que realmente era importante, o amor, aquele momento, os olhares, a natureza e nossos votos. E para a festa, a nossa cara, um boteco, com jeito de “festa no quintal”.

Decidido isso, começamos a colocar a mão na massa e todo mundo se uniu.

A todo momento alguém enviava mensagem com alguma idéia, minha mãe pesquisava fornecedores e minha sogra que estava morando muito longe lotava minha caixa de e-mail com fotos e sugestões. Todos já sabiam o que eu queria e sentiam comigo a importância daquele momento.

Escolhemos tecido de chita, pela cores vibrantes e clássico dos melhores botecos. Juntos escolhemos cada estampa que se transformaram em sousplats, almofadas, caderno de assinaturas e porta retratos Tudo feito com carinho, tudo DIY.

Os sousplats, aliás, foram confeccionados graças ao meu pai e meu irmão que cortaram todos os MDF’s (200 no total…rs) um a um, e a mãe de uma amiga (e madrinha) que também considero como uma segunda mãe, que com muito talento cortou e costurou as chitas para revestí-los. Resultado, lindos sousplats que não consigo me desfazer até hoje.

Também tive a sorte de ter uma madrinha super talentosa que através do seu ateliê (@Aleatória) produziu convites lindos e me ajudou com toda papelaria, desde a criação até a confecção. Além de ter feito as fotos do casamento civil.

Meu padrasto cortou, lixou e cuidou de instalar todas as placas da cerimônia, além é claro de ter cedido a sua casa como depósito de todas as coisas que eu inventava de comprar para a decoração.

Minha mãe, avós, tias e primos, entre tantas outras coisas, foram os responsáveis pela produção das lembrancinhas. Com um bom café da tarde, enchemos as garrafinhas de cachaça, colamos os rótulos (feito pelo Gá), amarramos o sisal e elas estavam lindamente prontas. Aliás, nesse período minha avó ficou amiga do “rapaz do Sedex”, que diariamente entregava na casa dela todas as coisinhas que eu comprava pela internet.

O fotógrafo emprestou uma bicicleta, uma amiga a máquina de escrever, uma madrinha a toalha da mesa do padre e as lanternas japonesas. Muita coisa foi emprestada e até a minha mesa de jantar foi parar na festa.

Os doces de abóbora foram “culpa” da avó e da mãe do Gá, que desembarcou na minha casa na última semana para me ajudar e fazer toda diferença. Minha mãe que pegou férias do trabalho também montou acampamento por lá e fizemos um mutirão. Pintamos as lousas para que ficassem rústicas, compramos caixotes, confeccionamos os porta retratos, fizemos os tags dos leques, das garrafas das mesas, de tudo. Embrulhamos as palhas italianas com fitinhas no estilo “Senhor do Bonfim” e escrevemos todas as lousas. Dormimos pouco e trabalhamos muito, mas estávamos tão felizes que não conseguíamos reclamar.

Varal com luzes, bem no estilo de quermesse de cidade do interior, suqueiras para refrescar o calor do verão, baleiro com paçoca “Amor”, mini lousas, leques, letras de músicas, balões metalizados, pensamos em tudo que refletisse nosso amor e nossa felicidade.

No dia do casamento fizemos um café da manhã para recepcionar mãe, sogra, pai, padrasto, irmão, cunhado e mais um punhado de gente que chegou em casa as 07:00 da manhã para carregar (e arrumar no local) as 14 caixas de tudo que havíamos feito. Caixas que continham nossos sonhos e todos os itens de decoração que por meses compramos e confeccionamos. Naquele momento tive a sensação de dever cumprido e nada me fazia tão feliz quanto olhar nos olhos do Gá e de todos que estavam ali, no meio daquela bagunça, sentindo todo o amor daquele momento. Tudo estava pronto, graças as mãos e corações de pessoas queridas.

E além de todo esse trabalho DIY (que eu amei e enche meus olhos de lágrimas), tive a sorte de encontrar fornecedores lindos, inspirados e parceiros.

Teve nossa banda favorita, com direito a cortejo com sanfona (o instrumento que mais amo) e festa animadíssima. O fotógrafo que rezou comigo para não chover, a doceira que comprou nossas idéias de brigadeiros com sabores inusitados, a iluminação com sensação de “quintal de casa”, o vestido, as flores, o bouquet com suculentas e o relicário com a foto da minha amada falecida avó… tudo feito por pessoas apaixonadas pelo que fazem. E uma cerimonial que organizou tudo perfeitamente.

A melhor parte? Ter estado lá, no local do casamento, um lugar lindo, rústico e com muito verde, o dia todo e poder agradecer um por um. Poder abraçar, beijar e curtir toda a arrumação. Poder roubar brigadeiros, rir com com as cozinheiras do buffet, olhar tudo com admiração e não acreditar que tudo aquilo era para mim. Sofrer, sofrer muito com a possibilidade de chuva, já que o local era aberto e eu queria muito o plano A, e compartilhar com algumas madrinhas, minha mãe e minha sogra aquela tarde, toda emoção, oração e bençãos. Além delas, ouvir o fotógrafo dizer que eu poderia arriscar e não mudar para o plano B, porque se chovesse ele seguraria um guarda-chuvas para nós e garantiria as melhores fotos, e receber na “sala da noiva”, minuto antes de tudo começar, a visita de uma madrinha que veio de longe, com uma palavra mais que abençoada, me fez fechar os olhos, esquecer toda preocupação e somente agradecer, porque era meu momento, era o momento que Deus havia preparado para mim e importava apenas que o Gá estaria lá, me esperando no altar, para sermos finalmente por inteiro um do outro.

E no final, realmente cairam algumas gotinhas de chuva que não atrapalharam em nada e deixou tudo ainda mais lindo. O padre dizia que era bençãos e os nossos votos (que escrevemos no mesmo dia) fizeram todos os convidados chorarem.

Eu sei que todas as noivas falam isso (com razão) e eu não poderia ser diferente. Foi verdadeiramente o dia mais feliz da minha vida.”

Continue lendo →

Sair da versão mobile