Uma tendência questionável é febre nos casamentos americanos e está ganhando força no Brasil: soltar borboletas na igreja ao final da cerimônia. A ideia é que os animais representem a beleza e o romantismo da nova união e deem sorte aos noivos.
Uma denúncia feita pela jornalista Claudia Matarazzo levantou uma grande discussão nas redes sociais a respeito dessa prática. A consultora de etiqueta revelou que, durante um evento realizado em São Luis, no Maranhão, um cerimonialista perguntou o que ela achava de soltar borboletas na igreja ao final do casamento. “Já ouvi falar dessa coisa bem brega e ecologicamente criminosa, mas achava que era um caso isolado de uma noiva muito sem noção. Engano meu. A moda continua e com requintes de crueldade”, contou.
Para enviar os animais para todo o Brasil, os borboletários utilizam o método da diapausa, uma espécie de hibernação dos insetos. As borboletas são embaladas e congeladas. A técnica diminui o metabolismo dos animais, deixando-os em estado de dormência.
Na hora da “revoada”, normalmente durante o beijo ou a saída do casal, é preciso bater nas caixas ou sacudi-las para que os animais se mexam, já que boa parte deles está morta ou muito fraca. Assim que soltos, já estressados, alguns voam um pouco e caem no chão.
É da Bahia que parte a maioria das borboletas usadas em eventos. Borboletários oferecem a dúzia a partir de 135 reais. Elas são despachadas por avião dentro de caixinhas. As noivas precisam retirar a encomenda no aeroporto. As empresas especializadas recomendam a aquisição de, no mínimo, cinquenta borboletas.
Alternativa
As noivas que fazem questão de ter borboletas em sua festa podem usar a versão sintética da tendência. Existem modelos feitos de plástico, tecido ou papel e que têm efeito parecido com o do uso da verdadeira.